quinta-feira, 30 de junho de 2011

Para saber mais sobre as crianças

A importância do brincar no desenvolvimento infantil

06 / 06 / 2011 04:00 por Fisher-Price 2 Comentários
A criança aprende brincando. E o faz desde que nasce. Para saber como isso acontece, é preciso, primeiro, entender que não se trata de mera força de expressão. A natureza lúdica e social do bebê faz com que ele interaja com os seus semelhantes e com o meio, descobrindo e aprendendo sobre o mundo ao redor em uma troca permanente com o outro. Afinal de contas, desde que nascemos somos seres sociais.
Por que falamos em “outro” em vez de nomear a mãe e o pai? Porque, além, da mamãe e do papai, todas as pessoas que de alguma forma têm contato/relação com a criança influenciam no seu desenvolvimento.
Este “outro” pode ser um cuidador: a mãe, o pai, a vovó, o vovô, os irmãos mais velhos, a professora da escola e até a babá. E não apenas eles. O brinquedo também pode ser considerado como esse “outro” que ajuda a criança a aprender.
É claro que, sozinho, o brinquedo não ensina nada à criança. São necessários alguns elementos: a criança, que está aprendendo, uma pessoa mais experiente, que vai ensiná-la e mostrar as várias possibilidades, o contexto do brinquedo e/ou das brincadeiras e a influência cultural e social.
O brinquedo funciona como uma ponte, que liga o que a criança já conhece àquilo que ela ainda não conhece. Ele é a ferramenta que permite a ela relacionar o que já aprendeu ao que vai conhecer.
É claro que as pessoas que convivem mais tempo com a criança nos seus primeiros meses/anos de vida – a mãe e, para aquelas que estão em berçários, as “tias” das escolinha -, têm uma responsabilidade maior nesta fase de aprendizagem.
Isso porque a criança aprende o tempo todo. E nessa relação que se estabelece com o “outro” não existe um que seja sempre o ativo e sempre o passivo. É uma relação dinâmica na qual criança e cuidadores tentam despertar o interesse constante na relação. E o “outro” mais experiente é quem dá o significado, afetivo, cultural e social, às reações da criança o tempo inteiro. Quando, por exemplo, o bebê segue a voz da mãe com o olhar, é ela quem interpreta se a criança está feliz, triste, com fome, com vontade de brincar.
Nessa troca permanente, a criança tem uma função primordial: responder aos estímulos que recebe. E ela não é um mero receptor dessa relação de aprendizagem. Ao contrário, tem uma função ativa, que é a de dar alimento para a relação. Se a criança não responde, a mãe não se alimenta e, portanto, não saberá dar o passo seguinte. Ambos são ativos nesta relação. A diferença é que a criança está em desenvolvimento: neurológico, fisiológico, afetivo, social. Ela depende da significação do outro para receber e compreender os estímulos recebidos.
O bebê tem fome de aprender. É ativo em todo momento: quando sente o cheiro da mãe, quando suga o peito, quando olha para ela, quando sorri, quando segue o brinquedo com os olhos até poder pegá-lo com as próprias mãos e assim por diante.
A criança sofre influência direta do ambiente e das relações, numa troca mútua constante. Para ajudá-la a se desenvolver, os pais devem entender como isso acontece para, então, se entregar à deliciosa experiência de relacionar e educar o seu bebê.


Teresa Ruas, porta-voz da Fisher-Price, é Terapeuta Ocupacional especializada em desenvolvimento infantil.
http://crescendocomseufilho.com.br/especialistas/a-importancia-do-brincar-no-desenvolvimento-infantil/

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